TUDO O QUE PRECISA SABER SOBRE FIDC
Um dos instrumentos financeiros que tem ganhado mais popularidade no Brasil nos últimos anos são os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios, conhecidos simplesmente pelas iniciais FIDC. Esta é uma alternativa ao mais popular trading, por exemplo, que é uma ótima forma de rentabilizar as suas poupanças de forma simples, rápida e extremamente eficaz. Por isso, para o auxiliar com este instrumento, preparámos um pequeno guia prático, com tudo o que necessita saber sobre os FIDC, incluindo o seu funcionamento e como investir.
O QUE É UM FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÓRIOS?
Comecemos então pela definição de Fundo de Investimento em Direito Creditório, como precatório. Um FIDC é, como o próprio nome indica, um fundo de investimento com base em aplicações de títulos com crédito de contas a receber de empresas. Ou seja, praticamente todas as empresas e companhias têm contas a receber, que normalmente têm prazos de vencimento muito longos. Ou seja, que demoram muito ate serem liquidadas. Para uma empresa de grande dimensão isso não é propriamente um grande problema, porque as fontes de rendimento são elevadas, mas em empresas mais pequenas isso pode ser um problema. Os FIDC funcionam assim como uma forma de adiantar esse dinheiro nas contas das empresas, para que estas tenham crédito na conta de forma mais rápida. Com isso, quem investe nesse fundo, acaba por ser remunerado com um rendimento que é definido à partida.
Vejamos agora um exemplo prático. Um ou vários investidores aplicam o seu dinheiro num FIDC, comprando títulos de direitos creditórios. Por um lado, as empresas vão receber em adiantado o dinheiro que têm em dívida; e, por outro, estes investidores vão ter um lucro a médio prazo, que já sabem à partida qual é, determinado pela taxa de juros. Por lei, o FISC tem que ter no mínimo 50 por cento dos seus ativos líquidos aplicados em direitos creditórios, que podem ser contas de duplicatas, cheques, rendas ou pagamentos parcelados no cartão de crédito.
COMO SURGIRAM OS FIDC?
Os FIDC são fundos de investimento e, como tal, são régulos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Surgiram há cerca de 20 anos atrás, mais propriamente em 2001, e, desde então, têm-se tornado numa ótima forma dos investidores brasileiros rentabilizarem as suas poupanças na bola de valores. No entanto, o investimento em FIDC está reservado apenas a investidores qualificados ou profissionais, de acordo com as normas da CMV.
Os primeiros são todas as pessoas, naturais ou jurídicas, que possuam investimentos financeiros em valor superior a um milhão de reais, atestando por escrito essa sua condição. Quanto aos segundos são pessoas naturais ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor acima de 10 milhões de reais, atestando por escrito essa condição. Depois, há a possibilidade dos clubes de investidores, que recorrem a corretoras para gerir os seus investimentos.
Tal como todos os instrumentos financeiros, a rentabilidade do FIDC depende de vários fatores mais ou menos diretos. Quanto maior for o risco associado, maior é o possível lucro a obter. Infelizmente, não existem aplicações financeiras sem risco envolvido e quem lhe garantir o oposto é porque estará certamente a mentir. O segredo do sucesso dos grandes empresários passa então por mitigar os riscos e aumentar as chances de sucesso, nunca investindo acima da suas possibilidades.
VANTAGENS E DESVANTAGENS
Os FIDC apresentam vários benefícios para os investidores, o que ajuda a explicar a sua popularidade. Por um lado, apresentam uma possibilidade de diversificar o portfolio de ativos, mitigando assim os riscos envolvidos. Além disso, são garantia de um rentabilidade considerável dentro da renda fixa. E, o melhor de tudo, é que são normalmente instrumentos financeiros com um baixo risco de investimento, ideais para investidores mais conservadores ou que procuram soluções mais seguras.
No entanto, há que ter sempre em conta os riscos associados. A maior desvantagem de um FIDC é o investimento inicial alto que exige. Além disso, está limitado a investidores qualificados, o que é muito complicado para quem não conhece bem o setor. Finalmente, mas não menos importante, há que ter em consideração que os FIDC têm baixa liquidez, sendo mais indicados para investimentos a médio